Fundada em Roma, em 1603, por Federico Angelo Cesi (o precursor da Botânica Moderna), a primeira academia exclusivamente cientÃfica da História foi a Accademia dei Lincei, atualmente PontifÃcia Academia de Ciências. Imediatamente, a Academia alcançou reconhecimento internacional – em 1610, Galileu foi nomeado um de seus membros; contudo, não sobreviveu à morte de seu fundador, em 1630. Em 1847, o Papa Pio IX restabeleceu-a como Pontificia Accademia dei Nuovi Lincei e, em 1936, Pio XI reorganizou-a.
Embora sua refundação tenha acontecido por uma iniciativa papal, ela esteja sob a proteção do Sumo PontÃfice e as despesas de seu funcionamento sejam custeadas pela Santa Sé, a PontifÃcia Academia de Ciências é um organismo independente no âmbito da Cúria Romana. Única de caráter supranacional no mundo, multirracial em sua composição e não-sectária na escolha de seus membros (muitos deles não são católicos), a Academia é composta por 80 pessoas – homens e mulheres de diversos paÃses, que contribuem, de forma relevante, junto à s suas áreas de investigação cientÃfica. Eles são nomeados pelo próprio Papa, sob a indicação do corpo acadêmico.
O trabalho da Academia compreende seis grandes áreas do conhecimento: ciência fundamental, ciência e tecnologia de problemas globais, ciência para os problemas do mundo em desenvolvimento, polÃtica cientÃfica, bioética e epistemologia. Desde 1902, 70 de seus membros foram laureados com o Prêmio Nobel.
Além de constituir-se para a Igreja como uma fonte de informação autorizada, competente e objetiva acerca das questões cientÃficas e tecnológicas contemporâneas – os Papas têm, constantemente, sublinhado sua liberdade de pesquisa –, a PontifÃcia Academia de Ciências, ao promover a interação entre fé e razão, encoraja o diálogo entre a ciência e os valores espirituais, culturais, filosóficos, religiosos e morais, para a promoção da justiça, do desenvolvimento, da solidariedade e da paz.
Para saber mais, acesse http://www.pas.va