Canonizado e proclamado Doutor da Igreja, em 1931 pelo Papa Pio XI e nomeado “padroeiro dos cultores das ciências naturais”, em 1932, pelo Papa Pio XII, Santo Alberto Magno é chamado Doctor universalis, pela imensidão de seu conhecimento. De fato, o dominicano, que viveu no século XIII, dedicou-se não apenas à filosofia e à teologia, mas também ao estudo de todas as outras disciplinas conhecidas na época, da física à química, da astronomia à mineralogia, da botânica à zoologia. O adjetivo Magnus, que acompanha seu nome desde sua morte, indica a grandeza de um homem reconhecido por seus contemporâneos por saber conjugar, harmoniosamente, a profundidade de doutrina, a competência intelectual e o testemunho de santidade.
Alberto nasceu na Alemanha. Ainda jovem, transferiu-se para a Itália, matriculando-se na Universidade de Pádua, uma das mais importantes da Idade Média, onde estudou as chamadas “artes liberais” – gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música, interessando-se, particularmente, pelas ciências naturais. Em Pádua, frequentava uma igreja mantida pelos dominicanos. De intensa oração pessoal e assíduo aos sacramentos e à Palavra de Deus, Alberto contagiou-se pela vida santa dos padres, ordenando-se sacerdote.
Consultor dos papas Alexandre IV, Urbano IV e Gregório X, pregador por excelência e artífice da reconciliação, desempenhou seu ministério com extrema solicitude, organizando, pessoalmente, inúmeras atividades caritativas da Igreja em toda Europa Central e do Norte. Exímio professor, Alberto foi mestre do extraordinário Tomás de Aquino.
Santo Alberto acolheu e valorizou a obra de Aristóteles, superando o dilema que, então, procurava instalar-se: o da incompatibilidade entre fé e razão. Sobre isso, escreveu o Papa Bento XVI: “Santo Alberto recorda-nos que entre ciência e fé existe amizade, e que os homens de ciência podem percorrer, através da sua vocação para o estudo da natureza, um autêntico e fascinante percurso de santidade”.
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